Deposição, estoque e decomposição de serapilheira em ecótono Caatinga- Cerrado em Oeiras, PI

Conteúdo do artigo principal

Francisca Adriana Ferreira de Andrade
Laerte Bezerra de Amorim

Resumo

Estudou-se a dinâmica de serapilheira em ecótono caatinga-cerrado em Oeiras-PI estimando a deposição, estoque e a decomposição. Entre dezembro/2015 e novembro/2016, a deposição de serapilheira foi coletada mensalmente, utilizando-se 10 coletores distante 25 m um do outro, dispostos em transecto linear de 250 m e cobertura amostral de 5000 m². No estoque, as coletas foram de novembro/2015 a outubro/2016 utilizando 10 coletores em raio de 10 m do centro de cada coletor, as amostragens foram feitas com ‘gabarito’ 0,25 x 0,25 m, posteriormente fracionadas em ‘lenhosa’ e ‘não-lenhosa’. A deposição mensal média foi de 339 kg ha-1, no estoque a média foi 6069 kg ha-1 ano-1, sendo 2609 kg ha-1 da fração lenhosa e 3460 kg ha-1 da não-lenhosa. A estimativa de decomposição no ecótono foi relativamente lenta com k=0,69. O tempo médio de renovação (1/k) foi 1,45 anos e o de decomposição de 50% (t0,5) e de 95% (t0,05) da massa de serapilheira foi estimado em 1,01 e 4,40 anos, respectivamente. A manta de serapilheira que fica sobre o solo em boa parte do ano é benéfica por atenuar a evaporação da água do solo no período de estiagem e favorecer uma fauna mais heterogênea e mais ativa.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
ANDRADE , F. A. F. de; AMORIM, L. B. de. Deposição, estoque e decomposição de serapilheira em ecótono Caatinga- Cerrado em Oeiras, PI. Somma: Revista Científica do Instituto Federal do Piauí, Teresina, v. 4, n. 2, p. 102–114, 2018. DOI: 10.51361/somma.v4i2.126. Disponível em: https://revistas.ifpi.edu.br/index.php/somma/article/view/126. Acesso em: 25 abr. 2024.
Seção
Artigos

Referências

ALVES, A. R. et al. Aporte e decomposição de serrapilheira em área de Caatinga, na Paraíba. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande-PB, v. 6, n. 2, p. 194-203, 2006.

AMORIM, L. B. et al. Assessment of nutrient returns in a tropical dry forest after clear-cut without burning. Nutr Cycl Agroecosyst. v. 100, n. 3, p. 333-343, 2014. DOI 10.1007/s10705-014-9646-5.

AMORIM, L. B. Caracterização da serrapilheira em caatinga preservada e mudanças no carbono do solo após o desmatamento sem queima. Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo) – Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Agronomia. 2009.

ATTRIL, M. J.; RUNDLE S. D. Ecotone or ecocline: ecological bounderies in estuaries. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 5 p. 929-936, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA ‘O ECO’. O que são ecótonos. Dicionário Ambiental. 2014. Disponível em: http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28830-o-que-sao-ecotonos/ .

BRASIL. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA ‘O ECO’. O que são ecótonos. Dicionário Ambiental. 2014. Disponível em: http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28830-o-que-sao-ecotonos/ .

BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Ibama conclui mapeamento das ecorregiões brasileiras. Brasília, DF, 2003. Disponível em: http://www.mma.gov.br/informma/item/1132-ibama-conclui-mapeamento-das-ecorregioes-brasileiras .

CAMPOS, E. H. et al. Acúmulo de serrapilheira em fragmentos de mata mesofítica e cerrado stricto senso em Uberlândia-MG. Sociedade & Natureza, Uberlândia, 20 (1): 189-203, 2008.

CASTRO, A. A. J. F.; MARTINS, F. R.; FERNANDES, A. G. The Woody flora of cerrado vegetation in the state of Piauí, northestern Brazil. Edinburgh Journal of Botany, Edinburg, vol. 55, n. 3, p. 455-72, 1998.

CHAVEIRO, E. F.; CASTILHO, D. Cerrado: patrimônio genético, cultural e simbólico. In: Revista Mirante, vol. 2, n.1. Pires do Rio - GO: UEG, 2007.

CIANCIARUSO, M. V. et al. Produção de serapilheira e decomposição do material foliar em um cerradão na Estação Ecológica de Jataí, município de Luiz Antônio, SP, Brasil. Acta Botânica Brasílica, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 49-59, 2006.

COSTA, C. C. A. et al. Análise comparativa da produção de serapilheira em Fragmentos arbóreos e arbustivos em área de caatinga na Flona de Açu-RN. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.34, n.2, p.259-265, 2010.

COSTA, C. C. A. et al. Produção de serapilheira na Caatinga da Floresta Nacional do Açu-RN. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 1, p. 246-248, 2007.

EMBRAPA. Levantamento Exploratório-Reconhecimento de Solos do Estado do Piauí (Embrapa/Sudene, 1983). Apud Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Oeiras, PI. Embrapa Solos, UEP Recife. Disponível em: http://www.uep.cnps.embrapa.br/solos/index.php?link=pi .

FERREIRA, C. D. Deposição, acúmulo e decomposição de serapilheira em área de Caatinga preservada. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal): Universidade Federal de Campina Grande/ Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2011. 43 f.

GIÁCOMO, R. G. et al. Aporte e decomposição de serapilheira em áreas de cerradão e mata Mesofítica na estação ecológica de pirapitinga – MG. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 22, n. 4, 2012.

HENRIQUES, Í. G. N. et al. Acúmulo, deposição e decomposição de serrapilheira sob a dinâmica vegetacional da Caatinga em Unidade de Conservação. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável. V. 11, Nº 1, p. 84-89, 2016. Disponível em: file:///C:/Users/drica/Downloads/4523-15480-1-PB.pdf.

INSA – Instituto Nacional do Semiárido. Consulta da área territorial do semiárido Piauiense. Sistema de Gestão da Informação (Sigsab). 2014. Disponível em: www.insa.gov.br/sigsab .

LIMA, A. L. A. et al. Do the phenology and functional stem attributes of woody species allow for the identification of functional groups in the semiarid region of Brazil? Trees, 26:1605–1616, 2012.

LIMA, R. P. et al. Aporte e Decomposição da Serapilheira na Caatinga no Sul do Piauí. Floresta e Ambiente. p. 43-49, 2015.

LOPES, J. F, B. Deposição e decomposição de serapilheira em área da Caatinga. Revista Agro@mbiente On-line, v. 3, n. 2, 2009.

MENDONÇA, R.C. et al. Flora vascular do cerrado: Checklist com 12.356 espécies. In Cerrado: ecologia e flora (S.M. Sano, S.P. Almeida & J.F. Ribeiro, ed.). 2008. EMBRAPA-CPAC, Planaltina, p.417-1279.

ODUM, E. P. Fundamentals of ecology. 3 ed. Philadelphia: W. B. Saunders. 474p, 1971.

OLSON, J. S. Energy storage and the balance of producers and decomposers in ecological systems. Ecology, v. 44, n. 2, p. 322-331, 1963.

RICKFLEFS, R. E. A economia da natureza. University of Missouri – St. Louis. Editora Guanabara Koogan. 5 ed. 503 p, 2003.

SAMPAIO, E.V.S.B. Overview of the Brazilian caatinga. p. 35-58 In: Seasonally dry tropical forests (BULLOCK, S.H., H.A. MOONEY & E. MEDINA, ed.). Londres: Cambridge University Press,1995.

SANCHES, L. et al. Dinâmica sazonal da produção e decomposição de serrapilheira em floresta tropical de transição. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. v.13, n.2, 2009.

SANTANA, J. A. S. Estrutura fitossociológica, produção de serapilheira e ciclagem de nutrientes em uma área de Caatinga no Seridó do Rio Grande do Norte. 2005. 184 f. Tese (Doutorado em Agronomia) – Universidade Federal da Paraíba, Areia.

SANTANA, J. A. S e SOUTO, J. S. Produção de serapilheira na Caatinga da região semi-árida do Rio Grande do Norte, Brasil. IDESIA, Chile. v. 29, nº. 2. p. 87-94, 2011.

SILVA, C. J. Produção de serrapilheira no Cerrado e Floresta de Transição Amazônia-Cerrado do Centro-Oeste Brasileiro. Acta amazônica: vol. 37, n. 4, 2007.

SOUTO, P. C. Acumulação e decomposição da serapilheira e distribuição de organismos edáficos em área de Caatinga na Paraíba, Brasil. Tese (Doutorado em Agronomia – Solos e Nutrição de Plantas) – Universidade Federal da Paraíba, Areia. 2006. 146 f.

SOUTO, P.C.; SOUTO, J.S.; SANTOS, R.V.; BAKKE, I.A. Características químicas da serapilheira depositada em área de caatinga. Revista Caatinga, 22(1): 264-272, 2009.

STATSOFT, Inc (2013) STATISTICA™ data analysis software system, version 13.

VALENTINI, C. M. A. et al. Produção, acúmulo e decomposição de serapilheira em uma área revegetada do parque estadual Massairo Okamura em Mato Grosso. HOLOS, Ano 30, Vol. 5, 2014. DOI: 10.15628/holos.2014.1397.